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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

DOIS DIAS.

Não aguento mais olhar para exercícios, nem minha anotações gigantes sobre o que falta, nem comer chocolate para acabar com o nervosismo. Suco de maracujá já não tem efeito. Nem mesmo Dramin me fez dormir bem nas últimas três noites.
E não adiantar ouvir "vai dar tudo certo" ou "você tem que ficar calma". EU SEI QUE EU TENHO QUE FICAR CALMA, mas se ficar calma fosse fácil, não existiriam calmantes.
Nada mais pode ser feito, a não ser relaxar. Agora, tantos pensamentos ruins me passam pela cabeça: não estudei o suficiente, meus concorrentes estudaram mais, vagabundei o ano todo, matei muita aula, dormi mais que deveria... Será?


Não, não vou mais pensar. Vou comprar chocolates...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

É chegada a hora...

... pra todo mundo, menos pra nós, infelizes vestibulandos.
Já falam sobre presentes de Natal, sobre viagem de férias, ouço sobre planos para o reveillon. Mas para nós, o ano acaba de chegar ao seu clímax. FALTAM SEIS DIAS, quase que exatamente, para o vestibular da UFMG. A primeira fase, claro. A segunda etapa só no ano que vem mesmo. Mas pra nós, parace que é tudo no mesmo ano. Natal? Estudar. Reveillon? Estudar. Férias? Que férias?
Quem já passou por isso diz que eu estou meio pirada. Quem não passou ainda, também. Mas eu acho que eu tenho que pirar mesmo. Recebi uma apostila com umas 500 páginas, quase 1000 exercícios fechados há duas semanas. Queriam que eu terminasse tudo até dia 29. Humanamente, impossível!
Confesso, tenho pirado mesmo. Fiz coisas que jamais faria se estivesse com o psicológico em estado normal. Não consigo dormir direito, comer muito menos. Só penso nos 3 minutos que tenho para cada uma das 64 questões da prova. E sabe todos aqueles medos? De que vai cair exatamente tudo o que você não estudou? De que você vai acordar mal no dia? De que você vai se atrasar? De que tudo vai dar errado? Me assombram cada dia mais.

É, acho que eu preciso de fazer logo isso. Antes que eu enlouqueça de verdade...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Os homens invisíveis


A cidade não quer vê-los. Todos insistem em fechar os olhos quando se deparam com eles, ou simplesmente fingem não ver. Mas eles não possuem super-poderes. Não podem se fazer de invisíveis quando querem. A invisibilidade está nos olhos de quem vê.
Eles não têm moradia. Se viram como podem para se esconder debaixo das marquises, pelas calçadas da cidade. Morrem de frio quando chove, pois não tem agasalho. Se enrolam em caixas de papelão para manter o corpo quente. Comida no estômago é coisa rara. Nada de arroz, feijão nem carne. Enganam-se com pão velho e água. As vezes, alguem deixa uma quentinha. Como no Natal, por exemplo. Banho, só se for nos chafarizes das praças, e rápido. Fazem dos cachorros, abandonados como eles, de amigos, pois os animais não são traidores como os humanos. Muitos os acham loucos. Não entendem que não estão lá por opção, e sim por falta dela. Crescer na rua é aprender desde cedo toda crueldade do mundo. Existem os que podem e os que não pode, os que tem acesso e os que não tem, os homens de bem e os homens de rua.
O fim de ano chega. Natal, ano novo, é tempo de pensar no próximo. Então, os homens invisíveis vão ganhando cor. Vão se destacando em meio aos carros, nos sinais ou no meio fio. As pessoas precisam achá-lo para fazer o bem e começar o ano com a consciência mais limpa. Eles criam forma, mas nunca deixaram de ter. Só deixaram de ser vistos, porque quando o ano começa, ninguém mais precisa ser caridoso.

"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros" - Chico Xavier

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ONU Jr. - Considerações Gerais

Muita coisa pra dizer. Mas, por mais clichê que soe, me faltam palavras.
Não há algo responsável sabe? Foi o CONJUNTO. Foi minha delegação de (literalmente) primeira viagem, foram os amigos que eu revi, foi meu MARAVILHOSO comitê, o Pacto de Varsóvia... Foi tudoaomesmotempoAGORA.
E o agora passou muito rápido. E agora, vamos as considerações gerais:

- Sobre meu Comitê :
Pacto de Varsóvia, 1968.
As medidas desviacionistas do Partido Comunista da Tchecoslováquia.
A Tchecoslováquia foi invadida, Marechal Tito (JP) fez um discurso durante as reuniões do Pacto, Nicolau Ceausescu (JG) e Elena Ceausecu (Letícia) foram acusados de trair os ideais socialista, Marx foi chamado de MAX e Engels foi chamado de ANGELS, A Albânia se revoltou e deixou o Pacto e Deus esteve no meio de nós.
Foi tudo PERFEITO. Representei a Hungria, juntamente com meu glorioso camarada Orlando. Sempre pacifistas e diplomáticos !
O comitê foi um sucesso, conseguimos salvar o Tchecoslováquia de uma possível influencia da corja capitalista !
GLÓRIA DO SOCIALISMO !

















- Sobre minha delegação
Eu os fiz ouvir mais de vinte minutos de discurso voltando pra BH. Em meio a lágrimas e soluços, eu os agradeci imensamente.
Cada um daqueles nove delegados sabe a importancia que tem pra mim.
Jade, Aninha, Mari, Rafa, Renatinha, Ju, Lando, Alface e Paulo. MUITO OBRIGADA.
Vocês só me supreenderam positivamente, e eu quero ver vocês continuando nesse caminho.






- Sobre o evento
Foi minha primeira festa cultural. E EU APAIXONEI. Queria voltar no tempo e participar de TODAS as que eu perdi.
A Festa de Confraternização foi ÓTIMA ! Tivemos um show de comédfia stand up com Marcos Castro, Rafael Studart, Henrique Fedorowicz e Nigel Goodman. De fato, eles são muito bons, ri MUITO.
Os comitês também estavam muito bons, só recebi elogios.
Sem citar a estrutura da Lasalle e as coisas a parte que só o Onu Jr. tem.
Foi tudo muito bom. Só senti falta de comida vegetariana em todas as festas, tive que separar presunto dos sanduíches. Mas são detalhes, normalmente ninguém se lembra de nós mesmo.


Enfim, foi tudo muito bom. Pude reviver momentos do ano passado, e lembrar ainda mais dos meus mineiros que não puderam ir comigo. Senti muita falta de vocês, especialmente do Theus, do Caique, do Almeida, do Tite e da Paulinha. Queria poder levar vocês comigo.




Ano que vem tem mais, não sei como eu vou. Delegada, não mais, e eu sentirei saudades disso.

Beijos